O comércio com o Vietnã baseado em regras é melhor do que sem regras e sem comércio

"Nestes tempos difíceis no cenário do comércio internacional - devido ao aumento das tensões e da volatilidade - a UE está pressionando por um comércio baseado em regras. "Precisamos de acordos comerciais que garantam estabilidade, proteção e benefícios para empresas e consumidores de todas as partes", declarou o eurodeputado Iuliu Winkler, relator-sombra do Grupo do PPE, antes do debate em plenário sobre a ratificação dos acordos de livre comércio (FTA) e de proteção de investimentos (IPA) com o Vietnã. A votação está prevista para amanhã.

Esses acordos podem impulsionar o comércio e, portanto, criar empregos e crescimento na Europa e no Vietnã. Noventa e nove por cento das tarifas e barreiras não tarifárias serão removidas e os mercados de compras públicas serão abertos. Mais de 160 produtos alimentícios e bebidas tradicionais europeus de origem geográfica específica também serão protegidos contra imitações no mercado vietnamita. Os acordos ajudarão a elevar os padrões ambientais e trabalhistas e a envolver o Vietnã em direitos humanos de acordo com os padrões da UE.

"Os oponentes acusam a UE de fechar os olhos para os direitos humanos, os direitos trabalhistas e a proteção ambiental. Digo isso claramente: em nenhuma circunstância daremos um cheque em branco autorizando as autoridades do país a agirem com impunidade. Em vez disso, nos empenharemos em monitorar a implementação correta e efetiva de todos os compromissos assumidos durante as negociações e poderemos suspender os Acordos se os direitos humanos forem violados", afirmou Winkler.

Juntamente com a Assembleia Nacional do Vietnã, o Parlamento Europeu tomou a iniciativa de criar um Comitê Conjunto de Legisladores de ambos os lados, que examinará a implementação dos Acordos.

"Em vez de jogar o jogo de 'nomear e envergonhar', o Grupo do PPE prefere que os dois parceiros prosperem juntos. Nesse sentido, não há dúvida de que a parceria será lucrativa para ambas as economias, semelhante a outros acordos comerciais assinados no passado. Isso inclui o Acordo com o Japão assinado em 2019, que nos permitiu aumentar nosso comércio em 6%", concluiu Winkler.