As tarifas minam a confiança - a Europa deve permanecer unida

A parceria transatlântica entre a União Europeia e os Estados Unidos é mais do que uma relação comercial. É uma base construída sobre valores compartilhados, laços profundamente enraizados e prosperidade mútua. Essa base está sendo desestabilizada de forma imprudente pelas ameaças tarifárias erráticas do governo Trump.

O anúncio feito pelo presidente Trump de tarifas pesadas, as chamadas "tarifas recíprocas", 20% sobre a UE e 10% sobre a maioria dos outros países, juntamente com suas ameaças contínuas de restabelecer medidas ainda mais severas, representam um sério risco de danos às nossas economias. Embora ele tenha suspendido temporariamente as tarifas mais altas, sua imprevisibilidade continua a minar a confiança e a estabilidade em uma das alianças econômicas mais importantes do mundo.

Sejamos claros: as tarifas não beneficiam ninguém. Elas prejudicam os consumidores europeus e americanos, desestruturam os setores e enfraquecem a economia global. A UE não pode e não aceitará uma relação comercial baseada em intimidação. Nossa resposta será proporcional, equilibrada e totalmente compatível com as regras da OMC.

Sejamos claros: as tarifas não beneficiam ninguém. Elas prejudicam os consumidores europeus e americanos, desestruturam os setores e enfraquecem a economia global. A UE não pode e não aceitará uma relação comercial baseada em intimidação.

Mas nosso objetivo não é a escalada - é o engajamento.

Assim como fizemos em 2018, a União Europeia deve trazer os Estados Unidos de volta à mesa de negociações. Devemos defender o Mercado Único - nossa ferramenta econômica mais poderosa - e usar sua escala como alavanca nessas negociações. A unidade na Europa é fundamental. Somente por meio de uma abordagem forte e coordenada poderemos proteger os interesses europeus e restabelecer um diálogo construtivo com Washington.

Para garantir a resiliência e a força estratégica de longo prazo, o Grupo PPE apóia um caminho triplo:

Primeiro, devemos aprofundar nosso mercado interno. A remoção de barreiras e a harmonização de regras desbloquearão um imenso potencial - o FMI estima que as ineficiências do mercado interno são equivalentes a tarifas de 45% no setor de manufatura e surpreendentes 110% em serviços. Isso é inaceitável. Uma Europa mais integrada é uma Europa mais forte.

Em segundo lugar, devemos expandir nossa rede de comércio global, finalizando os acordos em andamento com o Mercosul e o México e acelerando as negociações com parceiros importantes como a Índia, a Indonésia e outros. Enquanto os EUA se voltam para dentro, não esperaremos pela permissão de Washington para liderar o comércio global.

Em terceiro lugar, a Europa deve defender a reforma da Organização Mundial do Comércio. As táticas do presidente Trump minam a OMC e a própria ideia de comércio baseado em regras. Não permitiremos que o princípio da Nação Mais Favorecida seja casualmente descartado. A reforma do sistema de solução de controvérsias da OMC é essencial para restaurar a confiança e a justiça no comércio global.

Com 865 bilhões de euros em comércio entre a UE e os EUA em jogo, não podemos nos dar ao luxo da complacência. A UE exporta produtos vitais para os EUA - produtos farmacêuticos, maquinário industrial e veículos - e, em contrapartida, depende de importações importantes. A saúde de nossas economias está interligada. Minar essa relação seria um ato de autoflagelação mútua.

O Grupo PPE se mantém firme: protegeremos os empregos europeus, defenderemos nossos princípios e trabalharemos incansavelmente para preservar a aliança transatlântica. A guerra tarifária do presidente Trump é uma distração. A verdadeira tarefa é clara: construir um futuro de comércio global aberto, justo e estável.

O Grupo PPE se mantém firme: protegeremos os empregos europeus, defenderemos nossos princípios e trabalharemos incansavelmente para preservar a aliança transatlântica. A guerra tarifária do presidente Trump é uma distração.

Vamos escolher a cooperação em vez do confronto e a liderança em vez da provocação.